A Microsoft Portugal reuniu ontem a imprensa e players locais, para uma pré-apresentação do Windows 7, aproveitando para mostrar as novas funcionalidades e também máquinas preparadas para serem comercializadas com o novo sistema operativo já em Outubro.

Cláudia Goya, Directora de Negócio da Microsoft Portugal, e Marcos Santos, responsável pela área do Windows, reforçaram na sua apresentação a expectativa optimista da empresa quanto à adesão ao Windows 7. "Este lançamento vai mexer com o mercado. [...] O timming pode não ser o melhor, por serem tempos difíceis, mas é também por isso que a adesão das empresas nos está a deixar mais confiantes", realçou Cláudia Goya.

Dez empresas estão já em fase de deployment do sistema operativo, contando com o apoio da Microsoft Portugal, e o processo está a correr bem, adiantou Cláudia Goya ao TeK. Os nomes não foram revelados, mas a Directora de Negócio garante que abrangem diferentes dimensões.

Os números de downloads e de CDs entregues com a versão beta do Windows 7, 100 mil e 10 mil, respectivamente (valores que o TeK já tinha revelado), reforçam este optimismo, que é sustentado também num estudo da IDC. A consultora estima que, por cada euro facturado pela Microsoft na UE com o Windows 7, sejam gerados 19,06 euros para o ecossistema de empresas.

Deste valor global, 9,25 euros reverterão para os fabricantes de hardware, 5,23 euros para as empresas que desenvolvem software e 4,58 euros para as empresas de serviços. O estudo prevê que estes valores tenham impacto entre Outubro de 2009 e o final de 2010.

No total, o estudo prevê que o ecossistema de empresas parceiras da Microsoft facture mais de 70 mil milhões de euros em produtos e serviços relacionados com o novo sistema operativo. No emprego o impacto reflecte-se na criação de 300 mil novos postos de trabalho, 40 mil dos quais na Europa.

Questionado pelo TeK, Marcos Santos admite que todos os estudos podem ter várias interpretações. Confrontado com o facto da mesma consultora ter previsto um impacto também impressionante aquando do lançamento do Windows Vista (que na altura referia a geração de 13 euros por cada euro investido pela Microsoft, como o TeK noticiou), Marcos Santos realça diferenças nas duas análises.

"Olhando para trás, o impacto do negócio do Vista centrou-se na área de consumo onde o impacto foi nos fornecedores de hardware, canal e retalho. O estudo do Windows 7 pretende chamar a atenção para o impacto desta inovação nos fornecedores de hardware, nas empresas que desenvolvem software e empresas de serviços", explica.

O responsável pelo negócio do Windows acrescenta ainda que "sentimos em Portugal é que estes números, e em respectiva proporção, podem aplicar-se a nível local. A confiança e o feedback dos clientes e parceiros e a análise dos números fazem com que as perspectivas sejam muito optimistas".

John Gantz, responsável pela área de pesquisa da IDC, justifica também os resultados do estudo para o Windows Vista. "Os rácios de receitas para os parceiros e a Microsoft com o Windows Vista mantiveram-se. Como todas as outras previsões feitas pela indústria, algumas das previsões para o Windows Vista foram baseadas em pressupostos que não se mantiveram. Modificámos a nossa metodologia para ser mais robusta e estamos confiantes na fiabilidade da nossa previsão para o Windows 7", sublinha.

Fátima Caçador

Nota da Redacção [2009-07-20 9:41] A notícia foi actualizada com a inclusão das declarações da IDC justificando os estudos realizados em relação ao Windows Vista e ao Windows 7.