Muito se tem falado da entrada da Google no segmento dos sistemas operativos para computador e nas transformações que poderá provocar no mercado, nomeadamente na disseminação do software open source junto do utilizador final. É por isso que a comunidade de programadores de código livre aguarda com expectativa o lançamento do Chrome OS, como ficou patente esta manhã, durante o VIII Encontro Nacional sobre Tecnologia Aberta - Linux 2010.

Valores de mercado de diferentes consultoras têm mostrado a adopção crescente da plataforma móvel da Google no mercado de smartphones, um negócio que a comunidade open source tem esperança de ver reflectida no PC - nos seus diferentes formatos -, logo que o novo sistema operativo seja lançado.

"A Google tem associada uma imagem de qualidade no mercado, por isso a expectativa relativamente às iniciativas em que a marca se envolve é sempre muito grande", referiu João Batista, da Novell, numa das suas intervenções no habitual painel de debate do evento. "Nem que seja somente por esse motivo, quem está neste mundo do open source acolhe com expectativa positiva a 'comparticipação' que a entrada da Google possa trazer a esta área tecnológica".

Os prováveis benefícios do lançamento de um sistema operativo por parte da gigante da Internet também são considerados por Sérgio Martinho, da Microsoft. "A chegada de novos players é sempre encarada pela Microsoft como algo positivo, porque acreditamos que a concorrência ajuda a consolidar a posição de líder de mercado no que diz respeito à inovação", afirmou.

Antes também Paulo Trezentos tinha dado as "boas-vindas" à número um das buscas. "A entrada da Google em qualquer área onde o open source esteja em minoria é bem-vinda", disse, embora, tal como um end user comum, também se preocupe com as questões da privacidade, "com o email, com o facto de todos os meus contactos se concentrarem numa mesma entidade".

De qualquer modo, o responsável pelo desenvolvimento do Caixa Mágica não tem qualquer dúvida em preferir "alguém que tenha 30 mil colaboradores, em que 30 façam 'coisas fechadas', a alguém que tenha 30 mil colaboradores em que 30 façam 'coisas abertas'", numa "indirecta" demasiado clara à Microsoft.

A velha questão da interoperabilidade acabou por monopolizar o resto do debate final, com direito à habitual troca de acusações entre os "adeptos" do ODF e o "adepto" do OXML.

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