O modelo transaccional está a ser abandonado na área de impressão em prol de um modelo de serviço, onde o outsourcing de impressão ganha mais peso. José Correia, director geral do Grupo de IPG da HP Portugal defende que a tendência se vai acentuar este ano devido à conjuntura económica.

"No sector privado há uma clara mudança das tendências de compra num modelo transaccional para serviços de impressão [...] A renovação do parque de equipamentos é um custo com reflexo no balanço da empresa, enquanto o modelo de outsourcing é contabilizado como um serviço", justifica José Correia que garante que os benefícios se estendem do controle de custos ao nível de serviço e escalabilidade.

Actualmente na área de impressão empresarial da HP cerca de 40% do volume de negócio está já associado a grandes empresas que já aderiram aos Managed Print Services (os serviços de impressão geridos que incluem o Outsourcing). Outros 40% estão ligados ao sector público e só 20% do negócio com o sector privado se baseia ainda num modelo transaccional, onde os equipamentos e consumíveis são comprados sem ligação a contratos de gestão de impressão.

A tendência de aposta nos serviços de impressão é global e a nível internacional os estudos indicam que 50% das empresas (de todas as dimensões) venham a optar por este modelo.

Actualmente a HP Portugal detém mais de meia centena de contratos de Managed Print Services, tendo focado a sua estratégia nas grandes empresas e deixando a fatia de mercado das médias e pequenas empresas aos seus parceiros. No total a HP Portugal gere um parque de cerca de 2.500 máquinas com 8 a 10 milhões de páginas impressas por mês.

O projecto no Grupo Pestana foi um dos marcos relevantes no desenvolvimento dos Managed Print Services, sendo pioneiro em Portugal. O projecto teve início há três anos e envolveu alguns desafios na identificação das necessidades e estratégia a aplicar devido à dispersão geográfica das unidades hoteleiras do grupo e à sazonabilidade do negócio.

João Machado, Director dos Sistemas de Informação do Grupo Pestana, considera este aposta como ganha, tendo sido conseguida uma redução dos custos directos de 25%, um valro que corresponde a cerca de 250 mil de euros num horizonte de 5 anos.

Antes do projecto ser desenvolvido com a HP o Grupo Pestana tinha ligados à rede três vezes mais impressoras e gastava 10 vezes mais por página impressa do que actualmente. Para além das reduções a nível de custo fixo o grupo ganhou na operacionalidade da infra-estrutura e na redução da carga administrativa da sua gestão.