O recurso aos bots tem vindo a crescer rapidamente, com mais de 10 mil novos bots a ser criados em 2005, confirma o PandaLabs. Com esta tendência verifica-se que os criadores de malware estão a mudar o seu modo de actuar e no lugar de criarem um código malicioso capaz de se espalhar rapidamente em milhares de computadores, preferem agora disseminar inúmeras variantes para conseguir os seus propósitos.

A maioria dos bots - programas instalados de forma oculta num sistema alvo, permitindo o controlo remoto do computador por um utilizador não autorizado -, destinam-se a receber e executar comandos remotos. Podem levar a cabo um número indefinido de acções dependendo dos requisitos dos seus criadores, nomeadamente ataques a outros computadores e download de outros códigos maliciosos.

Os hackers podem ganhar lucros consideráveis com esta actividade, nomeadamente com o "aluguer" dos computadores afectados a terceiros para enviar mensagens de spam, recolher informações ou até utilizar o seu tempo de processamento para tratar de dados.

Existem várias maneiras de instalar bots nos sistemas, incluindo vulnerabilidades dos browsers que permitam o download e a execução de ficheiros. O método de distribuição é a variável mais perigosa dos bots, visto que muitos podem ser rapidamente instalados em milhões de computadores por todo o mundo sem que os utilizadores ou as empresas de segurança se apercebam.
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Dados compilados pela Earthlink confirmam também a tendência crescente do recurso aos bots, mostrando que 20 por cento dos computadores podem conter um bot. Além disso, estima-se que 66 por cento do spam que circula na Internet é enviado através das redes que os mesmos formam.

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