O pequeno computador, mostrado na conferência I/O da Google, tem como principal função encriptar as comunicações do utilizador, protegendo-as e fazendo com que o roubo de informações seja muito mais difícil. Apesar de o Projeto Vault ter o tamanho e a forma de um pequeno cartão de memória, ele virá com um processador ARM, comunicações wireless, 4GB de armazenamento e uma antena que servirá como método de autenticação dos utilizadores.

Para obter a “linha segura”, a pessoa apenas tem de inserir o dispositivo num smartphone ou num PC. No entanto, para a conversação ser totalmente segura, os dois smartphones ou computadores em que se estabelece a comunicação têm de ter o Projet Vault a funcionar.

[caption]Project Vault[/caption]

“A minha casa tem janelas e portas, uma fronteira necessária para que as pessoas e as coisas entrem e saiam. Mas essas janelas e portas tornam difícil proteger tudo o que tenho em casa. Então, eu uso Vault”, afirmou Regina Dugan, responsável pela Google ATAP, sobre a motivação por trás do projeto. O dispositivo “não consegue armazenar todo o conteúdo da minha casa, mas consegue armazenar os meus bens mais preciosos”, completou, como citado no Slashgear.

A Google revelou ainda que o dispositivo também pode ser usado para encriptar vídeos e como uma alternativa às passwords, recorrendo ao sistema Real Time Operating System (RTOS) que oferece um conjunto de soluções de criptografia. A tecnológica lançou um kit de desenvolvimento para o Vault e desafiou os programadores para que criassem aplicações com base no projeto.

A título de curiosidade, o Project Vault foi liderado por Peiter Zatko – o cabecilha do grupo de hackers L0pht que em 1988 atestou no congresso norte-americano que conseguiria "derrubar" a Internet em 30 minutos. O investigador trabalhou com a DARPA antes de se juntar à Google em 2013.