A Apple integrou um leitor de impressões digitais no iPhone 5s, um sistema que deveria elevar os níveis de segurança do telemóvel e simplificar ações que precisem de autorização do utilizador. Mas segundo uma análise da empresa de segurança Kaspersky, os sistemas de verificação biométricos são falíveis.

O reconhecimento facial para desbloqueio de telemóveis, já presente em smartphones Android há vários meses, apresenta uma taxa de erro que varia entre os 30 e os 40%. Elementos externos como o nível de luminosidade ou a vibração do dispositivo são motivos suficientes para que os sistemas apresentem uma taxa de erro acima do esperado.

No caso do sistema operativo Android houve na altura do lançamento do desbloqueio por reconhecimento facial relatos de que bastava uma fotografia do utilizador para desbloquear o telemóvel.

A precisão destes sistemas de verificação acaba por ser um dos maiores obstáculos à sua utilização mais disseminada. Talvez por este motivo é que os leitores de impressões digitais nos computadores portáteis nunca se afirmaram.

Em comunicado a Kaspersky nunca fala em falhas específicas que tenham sido exploradas no Touch ID do iPhone. E também não apresenta estatísticas sobre a taxa de erro do leitor da Apple. Mas se os relatos que apareceram logo após a chegada dos novos iPhone estão corretos, então investigadores alemães precisaram apenas de dois dias para conseguir contornar o leitor de impressões digitais do smartphone da Apple.

A empresa de segurança russa diz que "as técnicas biométricas bem desenvolvidas precisam de ferramentas muito complexas e têm um custo muito elevado".

Outro tipo de sistema biométrico é o do reconhecimento por voz, que para os especialistas russos pode ser facilmente manipulado. Em 17% dos casos é possível contornar este tipo de método de verificação.


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