Os tablets estão ainda longe de substituir diretamente o papel como meio de consumo para ler livros e notícias, “mas é óbvio que o modelo de “menos papel” é uma nova realidade”. As palavras são da analista da Gartner, Meike Escherich. As conclusões resultam de um novo estudo que a empresa divulgou esta semana, sobre as cinco utilizações mais comuns dos tablets.

Segundo o relatório, mais de 50 por cento dos utilizadores de tablets inquiridos indicaram preferir ler notícias, revistas e livros através do ecrã, em vez de o fazer nas versões em papel. Em média, um terço dos utilizadores usa o tablet para ler livros, comparado com os 13 por cento que utilizam notebooks e 7 por cento que o fazem a partir do telemóvel, refere a Gartner.

O estudo teve início no final de 2011 nos EUA, Grã Bretanha e Austrália e conclui que os utilizadores rapidamente começaram a usar os tablets para algumas das atividades diárias mais comuns. Entre as preferências dos utilizadores está a consulta de email (81 por cento), a leitura de notícias (69%) e a consulta da previsão meteorológica (63%), com 62% dos utilizadores a usar ainda os tablets para aceder às redes sociais e 60 por cento a fazê-lo para jogar.

Convivência entre equipamentos
“A convergência em curso entre diferentes dispositivos de consumo já existentes parece estar a mudar o mercado, passando de um foco no hardware para o foco na utilização” explica Escherich, justificando este cenário com os múltiplos equipamentos que os utilizadores guardam em casa.

As conclusões da Gartner indicam que a maioria dos participantes no estudo afirmaram ter também PCs, televisores e telemóveis, mas não substituem um dispositivo por outro: Em vez disso, usam o mais conveniente para uma tarefa ou altura específicas, ou o que “está mais à mão”.

Apesar da diversidade de equipamentos que os utilizadores possuem em casa, a Gartner conclui que os tablets são o dispositivo dominante numa habitação, face aos telemóveis e aos PCs. Os tablets são mais usados à tarde e noite durante os dias de semana, preferencialmente em zonas como a sala (87%), o quarto (65%) e a cozinha (47 por cento).

Por fim, o estudo revela ainda alguns comportamentos curiosos por parte dos utilizadores: a principal razão para a compra de um tablet é o seu formato compacto e o peso; quase metade dos utilizadores não partilham o seu tablet, por o considerarem um objeto quase tão pessoal como o telemóvel; e a tendência é a dos homens adquirirem os seus próprios tablets, enquanto as mulheres os recebem como oferta.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico