(Actualizada) A Toshiba não vai não participar no concurso público para a segunda fase do programa e-escolinha, que visa o fornecimento de computadores portáteis aos alunos do 1º ciclo.

A fabricante optou por não concorrer depois de analisar o caderno de encargos e fazer todas as contas, avançou o Jornal de Negócios.
Caso ganhasse este contrato, as perdas poderiam chegar aos 15 milhões de euros

"Após uma análise cuidada do caderno de encargos do concurso e-escolinha, e com base nas condições exigidas pelo mesmo, a Toshiba decidiu não se apresentar a concurso", refere a fabricante numa nota enviada à imprensa.

Segundo João Amaral, director-geral da subsidiária nacional, "O valor por equipamento fixado pelo concurso veio a revelar-se insuficiente para suportar a aquisição, a instalação e manutenção dos equipamentos fornecidos durante o seu ciclo de vida útil", impossibilitando assim a participação da empresa no concurso, justificou.

Foram vários os fabricantes que levantaram o caderno de encargos do concurso para a aquisição de 250 mil portáteis a distribuir nos próximos três anos aos alunos e professores do primeiro ciclo, uma iniciativa que dá sequência ao programa e-escolinha que teve como protagonista o portátil Magalhães.

O concurso foi publicado nos jornais oficiais na primeira quinzena de Janeiro, tendo sofrido uma alteração que antecipava a data de entrega de propostas para dia 23 de Fevereiro. No total está previsto um investimento de 50 milhões de euros que contemplam a compra de 250 mil portáteis e a assistência técnica por três anos.

Toshiba, HP, Asus e Samsung estavam entre as empresas que confirmaram, na altura, ao TeK que levantaram o caderno de encargos. Além destas, várias fabricantes tinham adiantado antes a sua disponibilidade para participar no concurso, nomeadamente a J.P. Sá Couto - que representa o Magalhães -, mas também a Acer e a Dell.

Nota de Redacção: A notícia foi actualizada com as declarações oficiais da Toshiba.