Face aos utilizadores de PCs, quem usa tablets compra mais online, tendo gasto no ano passado uma média de 92,3 euros em compras realizadas através daqueles dispositivos, indica um estudo. O valor médio gasto em compras pelos utilizadores de smartphones foi de 61 euros no mesmo período, enquanto as compras online feitas por quem usa PC fixaram-se, em média, nos 76,5 euros por utilizador.



Da responsabilidade da Compuware, o estudo - que posiciona 75% dos utilizadores de tablets na faixa etária dos 21 aos 54 anos - mostra que para os consumidores dispostos a fazer compras online há alguns aspetos essenciais na eleição de um produto ou de uma loja, como a experiência de utilização.



Cerca de 70% dos utilizadores de tablets tem a expectativa de esperar dois segundos ou menos para abrir uma página, já que para 91% destes internautas estes dispositivos têm de assegurar uma experiência de navegação igual ou mais rápida que a do PC.



Um quinto dos inquiridos no estudo admite, aliás, que perante uma página de carregamento lento desiste de usar o site em questão e procura outro. Já 46% costumam fazer uma segunda tentativa antes de passar a outra opção.



A pesquisa também revela que quase metade dos inquiridos não está disposta a voltar a um site onde tenha tido uma má experiência, resposta avançada por 49% dos inquiridos. Outros 46% adiantam que perante uma má experiência reagem visitando o site da concorrência.



Os números apurados pela Compuware mostram ainda que 41% dos internautas já tiveram problemas para aceder a páginas Web através dos seus tablets. Os mais comuns foram a lentidão no carregamento de páginas, mau funcionamento das páginas ou inadequação ao formato.



As conclusões do estudo sublinham o facto de o número de compradores online estar a aumentar, um crescimento que tira partido do acesso quase permanente dos utilizadores à Internet, graças aos novos dispositivos portáteis. Também mostra que mais tempo online está a criar consumidores mais exigentes.



Em 2015 as previsões indicam que serão vendidos 326 milhões de tablets, valores que mostram um crescimento continuado da utilização destes dispositivos e consequentemente dos serviços que através deles são mais acedidos.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico

Cristina A. Ferreira