O presidente da ERC, Carlos Magno, abriu o último painel do 25º Congresso das Comunicações a dizer que o segmento dos media vive "momentos dramáticos". E muito por causa da cada vez menor delimitação do espaço editorial, que é causada por inúmeras razões. Para assumirem o futuro os meios de comunicação vão necessitar de algumas ferramentas, sendo a Internet um grande aliado. "É preciso pensar digital, o futuro é digital", salientou.

 

Para o líder do regulador das comunicações estamos a viver uma fase de "renascimento digital" pois as novas tecnologias transportam consigo novas ideologias e é preciso uma nova filosofia para falar deste cenário.
 

"É preciso iniciar este debate com uma nova linguagem. É preciso perceber que na geografia da atualidade o mundo mudou graças a uma nova relação que a comunicação permite ter", salientou Carlos Magno. A neutralidade da Internet também vai assumir um papel importante pois deve ser uma garantia universal da liberdade de expressão.
 

Mas outra questão que preocupa Carlos Magno é a rapidez e a superficialidade com que se escrevem notícias. "Os conteúdos do futuro precisarão de maior cuidado", fazendo depois uma comparação entre os cinco minutos de fama que muitos procuraram no passado, enquanto agora procuram os seus "cinco megabytes de fama".
 

Por fim o presidente da ERC deixou ainda um recado ao recém nomeado ministro da Cultura. "O ministro da Cultura deve perceber que as indústrias culturais e criativas fazem parte da economia vital que temos de impulsionar. Acho muito bem que a comunicação social fique na cultura pois tudo o que fazemos é informação cultural", rematou.