Apesar de se preconizar há largos meses a "morte" da Internet gratuita, um estudo estatístico divulgado pelo Instituto de Comunicações de Portugal com dados relativos ao final do terceiro trimestre de 2001 mostra que esta modalidade de acesso à Internet continua a reunir a larga preferência dos utilizadores portugueses, representando 92 por cento do total de subscritores.
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Contabilizando uma taxa de penetração do serviço de acesso à Internet de 30 por cento, o ICP indica que este valor quase duplicou em relação aos cálculos do período homólogo em 2000, quando a percentagem de utilizadores de serviços de acesso à Net era de 16 por cento. Face ainda ao terceiro trimestre do ano de 2000, o crescimento verificado no total de clientes destes serviços foi de cerca de 93 por cento, passando de 1,584 milhões para os três milhões actualmente registados.
Apesar deste claro crescimento em relação ao período homólogo do ano anterior, os números não são muito animadores se comparados com os do segundo trimestre de 2001. De facto nota-se uma redução no número de acessos pagos por clientes empresariais e individuais, atingindo ambos os valores mais baixos do ano com 22 mil e 164 mil (respectivamente).
Esta quebra de 15 por cento para acessos pagos de empresas e 3 por cento nos individuais foi compensada por uma pequeno crescimento de 74 mil novos subscritores de serviços gratuitos e mais de 15 mil novos acessos em serviços de cabo. As ligações por cabo estão a ganhar cada vez um maior número de utilizadores, quase triplicando os totais de subscritores do ano de 2000, quando se somavam 25 mil clientes.
Embora não referindo o número de clientes de acessos ADSL, provavelmente divididos entre os acessos pagos empresariais e individuais, o ICP contabiliza o número de acessos existentes através desta tecnologia em 1.252, uma duplicação em relação aos dados referentes a Junho de 2001 quando eram indicados 606 acessos.
De acordo com uma nota anexa à estatística de serviços de acesso à Internet, o ICP indica que optou por manter a designação de serviços de acesso gratuito que no fundo designa a modalidade em que o cliente suporta apenas o custo da chamada telefónica e não paga assinatura ao ISP, apesar da alteração já em vigor no modelo de Internet que está em funcionamento deste meados de 2001. É ainda referido o facto de poder manter-se algum sobre-cálculo em relação ao número de clientes, podendo existir "situações em que um utilizador recorre a mais do que um ISP".
Quanto a outros indicadores relativos ao serviço de acesso à Internet, o ICP refere a existência de 47 prestadores de serviço, dos quais 28 estão em actividade. O número de hosts registados foi reduzido do segundo para o terceiro trimestre, o que também aconteceu no total de domínios registados, que ronda agora os 17,9 mil.
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