Os acessos à Internet em banda estreita continuam a perder face às ligações em banda larga, indicam os últimos números apurados pela Anacom. De acordo com os dados do regulador do mercado das comunicações, no final do terceiro trimestre deste ano existiam cerca de 1,587 milhões de clientes de Internet, dos quais 88,4 por cento possuía acessos em banda larga.

Neste trimestre os operadores angariaram mais 59 mil clientes de banda larga, numa subida de 4,4 por cento face ao trimestre anterior e de 24,1 por cento quando comparada com o período homólogo.

A tecnologia ADSL continua a ganhar terreno ao cabo, contando já com cerca de 876 mil clientes, enquanto o cabo é opção para 524 mil. O crescimento de utilizadores de serviços ADSL foi de 6,1%, o que reforça a predominância deste tipo de ligações que representa já 62,4 por cento do total de acessos em banda larga.

Os dados fornecidos pelos operadores à Anacom indicam ainda que do número de utilizadores de serviços Internet 1,3 milhões são residenciais, num crescimento de 1,7 por cento face aos números de Junho. Destes, cerca de 1,140 tem ligações de banda larga. O ADSL é também a principal tecnologia de acesso à Internet no segmento não residencial, com 237 mil clientes, contra 24 mil que se ligam através da tecnologia de cabo e 3 mil com acessos dedicados.

A taxa de penetração da banda larga face à população total ficava nos 13,3 por cento no final de Setembro, subindo uns modestos 0,6 pontos percentuais em relação ao final do primeiro semestre do ano.

PT continua a perder quota


No terceiro trimestre mantém-se a tendência de maior adesão de clientes junto dos novos operadores, com três em cada cinco acessos novos a serem realizados através dos operadores alternativos.

Em comunicado a Anacom nota que, no período em análise, a quota de clientes de banda larga do Grupo PT sofreu uma quebra de 1,4 pontos percentuais face ao trimestre anterior, ficando agora nos 71,5 por cento. Na comparação com o período homólogo a redução é mais acentuada, fixando-se no 7 por cento.

O regulador nota que "a expansão das quotas dos novos prestadores de banda larga é sobretudo suportada em lacetes locais desagregados, reflexo da melhoria das condições da oferta do Lacete Local operada pela ANACOM".

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