A ministra canadiana da indústria disse ontem que considera urgente a definição de uma medida de carácter internacional com capacidade para agir contra o problema do spam. A responsável diz que as medidas internas já revelaram ser ineficazes contra um problema que atingiu dimensão global e que por isso deverão ser equacionadas várias possibilidades, incluindo a criação de um tratado internacional que preveja inclusive a extradição dos spammers de larga escala, avança a Reuters.



As declarações de Lucienne Robillard dirigem-se ao grupo de trabalho constituído pela OCDE para a segurança na informação e privacidade e que é dirigido pelo Canadá. A declaração da ministra sobre este assunto apoiou-se num conjunto de dados reveladores da dimensão do problema e que demonstram a necessidade de agir em conjunto.



Segundo a Brightmail, em Abril o número de emails enviados com intenção de seguir as pisadas dos utilizadores de Internet e recolher informação sobre os seus cartões de crédito ou contas bancárias ultrapassou os três mil milhões. Por seu lado a Microsoft e a America Online bloquearam 2,4 mil milhões de emails de spam em cada dia do ano passado.



Para a ministra os números justificam uma acção mais forte que poderá passar, em primeiro lugar, pela revisão da legislação anti-spam no Canadá por forma a privilegiar a cooperação internacional já que 19 em cada 20 emails de spam recebidos pelos canadianos têm origem fora do país.



O Governo canadiano adiantou ainda ter conhecimento de que a possibilidade de criar um tratado está também em discussão no fórum Asia Pacific Economic Cooperation.



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