A Comissão Europeia revelou hoje os traços gerais da estratégia de cibersegurança que quer ver implementada na região, num documento que integra uma proposta de diretiva.




Uma das medidas previstas é a definição, em todos os países da União, de uma entidade responsável pela estratégia de cibersegurança, dotada de meios e recursos financeiros próprios e que atue ao nível da prevenção e resposta aos riscos e incidentes de segurança detetados. Define-se igualmente a criação de um mecanismo de cooperação entre Estados-membros e CE que, através de uma infraestrutura segura reúna os diferentes sistemas de alerta.



Prevê-se ainda a criação de centros de excelência contra a cibercriminalidade, estruturas que facilitem o desenvolvimento de capacidades e a formação. A criação destas estruturas, que funcionarão em rede, será financiada pela EU.



A diretiva também preconiza que sejam definidas regras que obriguem os prestadores de serviços e os operadores de infraestruturas a garantir "um ambiente digital seguro e fiável em toda a EU".



A estratégia europeia pretende atingir cinco objetivos principais: alcançar a resiliência do ciberespaço; reduzir drasticamente a cibercriminalidade; desenvolver a política e as capacidades no domínio da ciberdefesa; desenvolver os recursos industriais e tecnológicos para a cibersegurança; e estabelecer uma política internacional coerente em matéria de ciberespaço da UE, detalha uma nota de imprensa.



Entre as medidas já implementadas, com o mesmo objetivo de reforçar a capacidade europeia de combate às ciberameaças, destaca-se a criação do Centro Europeu de Cibercriminalidade, ou o lançamento de uma aliança global contra a pedofilia online.



Número citados pela CE indicam que são detetados diariamente 150.000 e 148.000 computadores infetados. As perspetivas para o futuro não são animadoras e apontam para um crescimento dos ataques às infraestruturas críticas dos países.

Escrito ao abrigo do novo Acordo
Ortográfico

Cristina A. Ferreira