O governo norte-americano terá exagerado o perigo de ciberataques que poderão surgir na sequência de um ataque militar ao Iraque, defenderam vários especialistas de segurança durante um debate realizado na Cebit 2003. Citados por vários órgãos de comunicação social da área das tecnologias, Bruce Schneier e Rainer Fahs desvalorizaram o perigo real que poderá advir deste tipo de ataques.
Embora reconheça que os terroristas utilizam cada vez mais a Internet, o especialista de segurança Bruce Schneier, fundador da empresa Counterpane Internet Security, afirma que não existem evidências de um aumento de actividades ciberterroristas online. "Não acredito que os terroristas ataquem as infra-estruturas com computadores, eles vão usar bombas", afirmou este especialista de segurança, citado pela Vnunet.
Bruce Schneier recordou que quando os Estados Unidos e o Reino Unido atacaram a Jugoslávia, uma sociedade com uma rede electrónica bem desenvolvida, utilizaram bombas porque estas eram mais efectivas do que os ciberataques para destruir as infra-estruturas.
A ideia de que os ciberataques não são uma ameaça real foi também defendida por um responsável de segurança de sistemas de informação da Nato, Rainer Fahs, que concordou que o governo norte-americana está a exagerar este perigo. Este explicou que os sistemas críticos para a área militar não funcionam na Internet e que sempre que houve intrusões em alvos militares foram atingidas áreas menos importantes.
Durante a conferência foi porém admitido que as organizações criminosas têm actividade mais intensa online, procurando obter informação sobre contas bancárias e detalhes de cartões de crédito, mas também dados sobre processos industriais e segredos comerciais.
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