Um estudo da McAfee mostra que em 2008 principal ameaça à segurança dos cidadãos em todo o mundo será a cibercriminalidade. Os grupos organizados, as redes de tráfico online e os ataques silenciosos a serviços de e-banking são cada vez mais frequentes. Ao longo deste ano foram vários os países que acusaram outras regiões de ataques sistemáticos.



No Virtual Criminology Report da McAfee, que contou com a colaboração de organizações como a NATO, o FBI e a SOCA, assim como de outras entidades especializadas, ficaram patentes algumas tendências, entre as quais o facto dos governos utilizarem a Internet como veículo de ataques e ciber-espionagem ou as cada vez mais frequentes ameaças dirigidas ao controlo do tráfego aéreo, mercados financeiros e redes informáticas governamentais.



Pelas contas da McAfee, actualmente existem perto de 120 países a utilizar a Internet para acções de espionagem e muitos dos ataques online partiram da China, um país onde a censura é maior do que a liberdade de expressão.



Especialistas da NATO referem que muitos governos não estão atentos às novas tendências da espionagem, descurando por isso a segurança neste campo.



A Estónia é um dos exemplos de ataque naquela que já denominaram de "ciber-guerra". Durante várias semanas, o governo e os servidores noticiosos e bancários do país estiveram afectados. Os botnets foram o meio de ataque numa estratégia criteriosamente montada que passou ao lado dos sistemas de segurança estónios.



Jeff Green, Senior Vice President dos Avert Labs e de desenvolvimento de produto da McAfee, indica em comunicado que "o cibercrime é um assunto global […], a tecnologia é apenas uma parte da solução e nos próximos 5 anos os governos internacionais terão de entrar em acção".



O Reino Unido já apelidou esta fase de "ciberguerra fria", onde Estados Unidos, Alemanha e Reino Unido lançam as acusações para a China, denominando-o "o pais mais activo neste novo tipo de espionagem".



Só este ano, os sistemas dos Estados Unidos já registaram 37 mil tentativas de entrada furtiva, tanto nas redes governamentais como privadas. O receio das consequências deste tipo de ameaça é tal que a Força Aérea do país já criou uma nova secção com 40 mil pessoas que preparam estratégias de defesa face a este novo tipo de guerra.



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