O debate em torno da pirataria contra o chamado colapso da indústria da música tem sido largamente bipolar, mas existem muitos outros processos de distribuição de música que vão surgindo.
Heitor Alvelos, professor de design na Universidade do Porto que, entre outros projectos paralelos, tem estado associado ao festival Future Places, deixou alguns exemplos, durante a apresentação feita no Codebits.
Estes modelos não são "nem preto, nem branco", estão numa "grey area" - em parte porque embora não estejam totalmente dentro da lei, também não a violam. É o caso das chamadas comunidades "sharity", que digitalizam discos de vinil (no mínimo) alternativos para os disponibilizar online, dos "bedroom musicians" que "remixam" trabalhos uns dos outros ininterruptamente, ou de redes de partilha como a Ez Torrent, que só oferece conteúdos que nunca tenham sido publicados.
A este conjunto de possibilidades juntam-se outras, já existentes ou em vias de desenvolvimento, que irão, com certeza, permitir que a música continue a ser financeiramente viável. "Mas são modelos profundamente diferentes daqueles a que estamos habituados", e onde a criatividade será essencial, avisa Heitor Alvelos. Merton, mais conhecido como "o pianista do Chatroulette", "encaixa" bem como exemplo.
Veja o vídeo com a opinião de Heitor Alvelos sobre o futuro da música na era digital.
Nota de redacção: A notícia foi corrigida porque referia erradamente Ben Folds como "o pianista do Chatroulette", quando se trata de Merton, tal como apontado por um dos nossos leitores.
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