Os dados constam de um estudo realizado pela IDC para a ACEPI, apresentado na abertura do Fórum da Economia Digital, que decorre no eShow. Revelam que o B2C – Business to Consumer vai valer 5 mil milhões de euros em 2020 e que o B2B e B2G – comércio eletrónico entre empresas e entre empresas e Governo – valerá 85 mil milhões de euros.

No final deste ano, a soma das componentes empresarial, governamental e de consumo do comércio eletrónico atingirá os 50 mil milhões de euros, com o B2C a assegurar o peso mais reduzido, inferior a 3 mil milhões de euros.

Os mesmos dados também revelam que em 2020 metade dos portugueses vão fazer compras online e que o valor médio gasto em compras tende a aumentar. Os números atuais revelam que existem hoje 2,9 milhões de portugueses a comprar na Internet.

Já em 2015, cada português gastará em média mil euros por ano em compras online, um valor interessante, mas que Alexandre Fonseca, presidente da ACEPI, sublinhou na apresentação do estudo, está ainda muito abaixo dos valores apurados para outros países, como o Reino Unido, onde o valor médio de compras online por utilizador é de 2.250€.

De acordo com o estudo, em 2020 serão 9 milhões os portugueses ligados à Internet, um número que representa um crescimento importante em relação aos 7,5 milhões de internautas que existem hoje e que correspondem a 70% da população. Em 2020 estará online 84% da população.

Olhando para a realidade atual, os dados mostram áreas com elevado potencial de crescimento, como o comércio além fronteiras, que hoje é uma realidade apenas para 11% dos consumidores que fazem compras eletrónicas.

Os números revelam ainda que só 6% das microempresas, que representam 90% do tecido empresarial português, transacionam online e que mesmo entre as grandes empresas este canal é pouco explorado. Só 35% destas organizações usam a Internet para receber encomendas.