O progresso da Biblioteca Digital, proposta pela Comissão Europeia, foi ontem apresentado por um grupo de trabalho em Bruxelas. A iniciativa e o estado do desenvolvimento da plataforma foram abordados numa sessão onde foram tidas em conta as bases já criadas.



Entre os temas abordados destacam-se as novas formas de financiar a digitalização através de parcerias públicas e privadas, soluções para a digitalização em massa dos arquivos impressos e dos trabalhos órfãos, ou seja, dos quais se desconhece os autores, assim como o acesso e preservação da informação científica.



O encontro de ontem formaliza mais um passo face à criação de um projecto que tem como objectivo enriquecer culturalmente os cidadãos europeus através de um vasto leque de arquivos literários, multimédia e de museus que serão disponibilizados, ao que tudo indica, até Novembro de 2008, altura em que será lançado um protótipo do projecto.



Viviane Reding, comissária europeia para a Sociedade de Informação é da opinião de que os cidadãos deverão "desfrutar da herança cultural" europeia e indica que esta iniciativa "mostra o compromisso das instituições culturais europeias em trabalhar para tornar as suas colecções disponíveis e pesquisáveis […] através de um ponto comum e multiliguistico online".



Elisabeth Niggemann, directora geral da biblioteca nacional alemã e líder da iniciativa base do projecto europeu, refere que a iniciativa conta com o apoio de várias instituições que vão desde museus a bibliotecas, passando por associações com um vasto espólio multimédia.



No final espera-se que a biblioteca agregue pelo menos 2 milhões de livros digitais, fotografias, mapas, filmes e outros artigos doados pelas instituições parceiras. Até 2010 o número de arquivos já deverá ascender aos 6 milhões, espera a Comissão.



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