O YouTube sempre foi gratuito. Mas à medida que mais utilizadores e horas de visualizações foi acumulando, mais publicidade foi aparecendo. Em 2015, quase que já aprendemos a viver com os anúncios que surgem antes e durante os vídeos.

Agora a Google quer aliciar os utilizadores mais ‘puristas’ com o YouTube Red, uma versão ‘especial’ da plataforma de vídeos. Mas este novo serviço tem um custo: 9,99 dólares nos EUA onde está disponível e possivelmente 9,99 euros um dia que chegue à Europa.

A pergunta que se coloca é: compensa pagar pelo YouTube? Que vantagens têm os utilizadores a troco destes 10 euros? Estas são as grandes características do YouTube Red:

- bloqueio de toda a publicidade no YouTube;
- possibilidade de fazer o download de vídeos para consumo offline;
- poder usar a aplicação do YouTube em segundo plano no smartphone e tablet;
- a subscrição é válida para outros serviços YouTube, como a plataforma de gaming e a plataforma dedicada à música;
- quem pagar pelo YouTube Red ganha acesso ilimitado ao Google Play  Music, o serviço de música por streaming da tecnológica norte-americana;
- numa fase posterior só quem tem o YouTube Red é que conseguirá aceder a alguns conteúdos exclusivos dos produtores parceiros da plataforma;

Todas estas funcionalidades parecem interessantes do ponto de vista do utilizador, mas a Google pode ter alguma dificuldade em ‘cobrar’ dinheiro por algo que os utilizadores sempre tiveram de graça.

A Google não está a tentar converter o YouTube num serviço pago. Com as receitas conseguidas através do YouTube Red, a Google espera apoiar mais e mais os produtores que têm feito sucesso na plataforma de vídeos, defendendo-se assim do crescimento do Facebook, do Twitter e até do Snapchat neste segmento.

“Não se preocupem. A versão gratuita e com anúncios do YouTube que todos conhecemos e gostamos não vai a lado nenhum. Mas com o YouTube Red vai ser possível apoiar as pessoas que fazem os nossos vídeos favoritos enquanto vemos o que queremos, quando queremos, nos dispositivos que queremos, de forma ininterrupta”, escreveu no blogue oficial o gestor do YouTube, Matt Leske.