Está encerrada mais um Cyber Monday, o dia das compras online de Natal por excelência para os norte-americanos. Naquele que já se tornou no melhor dia do ano para os lojistas online, os dados mostram que nos Estados Unidos - onde nasceu a iniciativa - as vendas cresceram este ano 13,7 por cento, comparativamente ao ano passado.

Os números apurados pela Coremetrics - parceiros de 2.000 lojas online - mostram também que os consumidores gastaram mais e também conseguiram comprar mais. Em média os americanos gastaram neste Natal 180 dólares nas suas encomendas online, contra os 130 dólares dispendidos no ano passado. Em número de artigos, as compras dos consumidores online aumentaram cerca de 30 por cento.

Nos resultados apurados pelas várias empresas que contabilizaram dados da segunda-feira de compras online é possível encontrar uma coincidência, quer no facto deste ano as vendas terem aumentado, quer no facto de essa tendência se verificar de forma transversal em vários sectores e não apenas naquelas que têm mais tradição no comércio electrónico.

Contudo, alguns gigantes da Internet parecem ter sido mesmo os mais beneficiados pelo maior interesse dos consumidores em aproveitar as promoções desenhadas especificamente para esta segunda-feira.

A Amazon aumentou em 44 por cento o nível de visitas do site, face ao mesmo período do ano passado. Só a empresa amealhou 15,53 por cento das visitas online recebidas pelos 500 maiores retalhistas online, tornando-se o site mais visitado da Cyber Monday desde 2006.

A liderança online da Amazon.com nas visitas online aconteceu não apenas na segunda-feira, como também na Black Friday, a iniciativa original de descontos criada pelos americanos para dar o pontapé de saída para o Natal, logo após o dia de Acção de Graças, neste caso, generalizada a todo o comércio.

Segundo os dados da Experian Hitwise, que apontam a liderança da Amazon.com entre os maiores 500 retalhistas online dos Estados Unidos, é também de notar que diminuiu em nove por cento o número de visitas com origem nos Estados Unidos a esta amostra de lojistas, revelando um interesse cada vez maior de utilizadores de outras partes do mundo em beneficiar da tradição de descontos instituída para as compras online, pelo menos na Cyber Monday. Isto porque muitas lojas, como a Amazon, não limitam as promoções apenas a este dia e põem-nas em prática dias antes, tirando partido do feriado do dia de Acção de Graças e da Black Friday.

Ainda nos Estados Unidos, os números relevam outras iniciativas de desconto fortemente apelativas para os consumidores, a avaliar pelos dados das visitas online dos respectivos sites, como aconteceu no caso da Apple ou da Staples, cujas páginas de Internet aumentaram os acessos na última segunda-feira em 71 e 61 por cento.

Na Black Friday - que aliás é o dia escolhido pela Apple para fazer promoções nas suas lojas online - as vendas também aumentaram. Os números da comScore revelam que as vendas online atingiram os 595 milhões de dólares, mais 11 por cento que no ano passado.

Embora a Black Friday seja dia de descontos em todo o comércio, ao longo dos anos assumiu-se também como um dos melhores dias do ano para as compras online. Este ano não conseguiu no entanto a proeza de outros anos, já que os recordes de vendas online passaram mesmo para a segunda-feira seguinte, onde as estimativas da mesma empresa apontam uma facturação na ordem dos 900 milhões de dólares.

Em Portugal continua a decorrer a primeira experiência Cyber Monday, organizada pelo site comparador de preços KuantoKusta. A Cyber Monday portuguesa arrancou na última segunda-feira e estende-se até 6 de Dezembro. Os descontos ascendem a 60 por cento e as lojas aderentes a meia centena.