Depois da aprovação por parte do Parlamento Europeu, os ministros das Telecomunicações e da Ciência e Tecnologia dos 15 países da União Europeia deram ontem o seu parecer positivo ao plano de implementação do ".eu" como novo nome de domínio de topo Internet.



Com a criação do novo sufixo pan-europeu pretende-se incentivar o comércio electrónico na Europa. Segundo declarações de Erkki Liikanen, Comissário Europeu para a Sociedade da Informação e Empresas, a introdução de um domínio de topo ".eu" "irá criar uma identidade verdadeiramente europeia no ciberespaço".



Até agora os negócios circunscritos à zona da União Europeia podiam apenas escolher entre um nome de domínio específico em cada país, como o ".pt" para Portugal, ou um nome de âmbito geral, como o ".com" ou ".net".



A aprovação do conselho de ministros das telecomunicações vai agora permitir que a Comissão Europeia crie a infra-estrutura necessária ao funcionamento do sufixo Internet para a União Europeia, nomeadamente, a selecção de uma organização privada, não lucrativa, para gerir o novo domínio e estabelecer os procedimentos para lidar com as disputas.



Quaisquer que sejam os procedimentos e planos, será sempre necessária a aprovação do ICANN (Internet Corporation for Assigned Names and Numbers), a organização seleccionada pelo governo norte-americano em 1998 para regular a atribuição dos endereços Internet.



O ICANN já deu o seu parecer positivo, mas a aprovação final do ".eu", só surgirá depois do grupo ter acesso aos detalhes contratuais com a ainda não denominada organização gestora do nome de domínio.



De acordo com o previsto pela Comissão Europeia, o processo de registo de nomes de domínio ".eu" deverá iniciar-se num período de 12 a 18 meses após a escolha do registry, nome que se dá à entidade que irá gerir o domínio ".eu".



O sufixo europeu deverá juntar-se aos outros 243 de cariz regional atribuídos a países e territórios. Normalmente, o ICANN só concede códigos a países e territórios de uma lista mantida pela ISO (International Organization for Standards). Mas, o ICANN permite também a atribuição de códigos a outras entidades que fazem parte de uma lista diferente, mantida igualmente pela ISO, onde se inclui a União Europeia.



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