Só no ano passado, a Google alega ter bloqueado cerca de 3 milhões de contas falsas ligadas a perfis de negócio do Google Maps. As medidas da tecnológica prendem-se com as críticas apontadas aos seus serviços pelo The Wall Street Journal e como o Maps estava minado de negócios associados a contas falsas, que fingiam estar no perímetro dos utilizadores e a Google ainda lucrava com as informações falsas.

O estudo do jornal dava conta de cerca de 11 milhões de contas falsas listadas, contradizendo as contas da Google, numa estimativa interna feita em 2017, que revelou que apenas 0,5% dos resultados pesquisados eram falsos. Já o estudo do WSJ reclamou que 13 das 20 mostragens das pesquisas da Google eram falsas.

Os perfis traçados às contas falsas relacionavam-se na maioria por esquemas fraudulentos, em que negócios cobravam por serviços que na realidade eram gratuitos. Estes defraudavam os clientes ao assumirem uma posição de negócios reais estabelecidos. A Google explica que utilizou diferentes técnicas para lidar com o problema, mas ainda assim os fraudulentos conseguem dar a volta e regressar com novas formas de esquemas.

Ainda no que diz respeito à remoção das contas, a Google refere que 90% dos perfis apagados nem chegaram a ser vistas pelos utilizadores. Os sistemas internos foram responsáveis por 85% das remoções, havendo ainda contribuições dos utilizadores do Google Maps, responsáveis por cerca de 250.000 perfis falsos que foram retirados do serviço.

Ainda que os números de contas apagadas possam ser surpreendentes, em termos de proporção, a Google refere que durante os anos, cerca de 200 milhões de lugares foram adicionados ao Maps e que mensalmente liga pessoas a negócios cerca de nove mil milhões de vezes, além de mil milhões de telefonemas e três mil milhões de pedidos por direções, refere a empresa.