
Vários estúdios norte-americanos tentaram estabelecer acordos comerciais com o Megaupload, antes de avançarem com as queixas formais de violação de direitos de autor, que resultaram no encerramento do serviço de alojamento de conteúdos.
A informação é avançada, esta quarta-feira, pelo New Zealand Herald, que cita a Disney, a Warner Bros, a Fox e a Turner Broadcasting como algumas das empresas que contactaram os responsáveis pelo Megaupload.
Segundo o jornal, as propostas fizeram-se através de mensagens de correio eletrónico e diziam respeito à cedência de conteúdos em troca da partilha dos lucros com a publicidade.
Este poderá ser um dos pontos invocados pela defesa de Kim "Dotcom" Schmitz, de Mathias Ortmann, de Finn Batato e de Bram van der Kolk quando forem a tribunal.
Fala-se que a defesa vai também argumentar que perto de 500 contas pertenciam a membros da MPAA e da RIAA, associações que representam respetivamente a industria cinematográfica e discográfica nos Estados Unidos. Por outro lado, aponta-se igualmente que mais de 1.000 utilizadores do Megaupload pertenciam a organismos governamentais, entre eles o FBI e a Nasa.
O Megaupload foi encerrado a 20 de janeiro último, numa operação internacional liderada pelo FBI que resultou na prisão preventiva do seu fundador e de outros responsáveis pelo serviço de alojamento de ficheiros e na apreensão dos seus bens.
Atualmente, os arguidos encontram-se na Nova Zelândia, país onde foram detidos, em liberdade condicional (proibidos de usar a Internet), aguardando o início do processo de extradição, que deverá começar em agosto.
As autoridades americanas acusam os responsáveis pelo Megaupload de associação criminosa, pirataria e lavagem de dinheiro, ações que terão resultado num prejuízo de mais de 500 milhões de dólares à indústria discográfica e cinematográfica, ao violar a propriedade intelectual de terceiros.
São igualmente acusados de ter angariado 175 milhões de dólares com a venda de publicidade nas suas páginas.
Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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