
A conclusão é de um estudo que tem a chancela da Comissão Europeia e centrou-se no bloqueio daquele que era o site de conteúdos piratas mais popular da Alemanha, o Kino.to, que fechou em 2011. De acordo com a investigação realizada, o fecho do site levou a uma redução “significativa, mas pouco duradoura” dos níveis de pirataria.
Nas quatro semanas seguintes ao fecho do site, os níveis de pirataria no país diminuíram cerca de 30%. No entanto em apenas cinco semanas tinham surgido duas grandes alternativas e outros doze sites que disponibilizavam conteúdos de forma ilegal.
Isto acontece porque a esmagadora maioria dos utilizadores que faz o download ilegal de filmes, séries e músicas não está simplesmente disposto a pagar pelos conteúdos. O estudo indica que para os produtores o fecho de sites piratas pode ser “benéfico”, mas não vai trazer mais receitas.
A análise feia ao site Kino.to mostrou que apenas 2,5% dos utilizadores da plataforma se converteram em subscritores de serviços legais de distribuição de conteúdos.
No entanto também se destaca o facto de nas semanas seguintes ao fecho do site pirata, o número de clicks em sites e serviços que disponibilizavam conteúdos legais disparou.
Aqui salienta-se no entanto o facto de o ano do fecho ser 2011 e de na altura não existirem plataformas de streaming tão desenvolvidas e populares como as que são possíveis encontrar atualmente.
Uma das conclusões mais interessantes do estudo é no entanto a transformação que acontece no mercado após o fecho de um serviço popular. De acordo com os investigadores, surgem um grande número de alternativas que tentam ficar com os utilizadores “órfãos”.
O que acontece depois é que para esses sites serem fechados não basta apenas uma investigação, são necessárias várias. E por vezes isso pode não se justificar a nível de recursos pois o número de utilizadores acaba por não ser muito grande. Seria um pouco como tentar tapar um buraco e ver cinco toupeiras a abri-los noutro sítio.
O estudo é detalhado e traça o caminho racional da luta contra a pirataria. Os interessados podem encontrar o documento na íntegra neste link.
Recorda-se que recentemente o The Pirate Bay e alguns dos seus principais endereços alternativos foram bloqueados pelos operadores de Internet em Portugal, por ordem do Tribunal de Propriedade Intelectual.
Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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