Lançada em 2015, a RaidForums tinha mais de meio milhão de utilizadores e a sua "infraestrutura" foi apreendida e o seu administrador e os seus dois cúmplices foram detidos, adianta a Europol, em comunicado.
"Esta plataforma fez o seu nome vendendo acesso a bancos de dados vazados muito mediatizados de várias empresas norte-americanas em diferentes setores", acrescentaram as autoridades policiais europeias.
"Os bancos de dados têm informações sobre milhões de cartões de crédito, números de contas bancária", bem como nomes de utilizadores e palavras-chave associados necessários para aceder a contas online, referiu a Europol.
A operação batizada de "Torniquet" foi coordenada pela Europol que apoiou investigações nos Estados Unidos (USSS, FBI, IRS-CI), Reino Unido (NCA), Suécia (Polisen), Alemanha (Bundeskriminalamt), Portugal (Polícia Judiciária) e Roménia (Poliţia Română).
A operação foi o "culminar de um ano de planificação meticuloso entre as autoridades policiais envolvidas na preparação da ação", rematou a Europol.
Na sequência da divulgação realizada pelas autoridades nos Estados Unidos e pela Europol, a Polícia Judiciária confirma em comunicado que, através da Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime e à Criminalidade Tecnológica (UNC3T), participou na investigação, que culminou com as detenções de vários suspeitos, as quais ocorreram na Europa e nos Estados Unidos da América.
Como avança o Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DOJ), Diogo Santos Coelho, português de 21 anos a viver o Reino Unido e suspeito de ser o fundador e administrador da plataforma, foi detido, a 31 de janeiro, no contexto da operação.
De acordo com o DOJ, o suspeito, detido no Reino Unido, está agora a aguardar uma decisão relativamente à sua extradição para os Estados Unidos. O suspeito é acusado de "conspiração, fraude de acesso a dispositivos e roubo de identidade agravado em ligação ao seu papel enquanto administrador da RaidForums".
Segundo a acusação, entre 1 de janeiro de 2015 e 31 de janeiro de 2022, Diogo Santos Coelho terá alegadamente operado a plataforma, servindo como principal administrador, sendo auxiliado por outros suspeitos. Ao que tudo indica, o suspeito terá vendido dados roubados na plataforma, agindo também como um intermediário em transações ilícitas de informação.
Nota de redação: A notícia foi atualizada com mais informação. (Última atualização: 17h10)
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