O órgão, que está a trabalhar com a Alemanha, a Holanda, a França e a Espanha, fez o ataque após tentar descobrir mais sobre as práticas da gigante de tecnologia norte-americana.

"O Facebook desrespeita as regras de privacidade europeias e belgas a vários níveis", declarou o presidente da comissão de proteção de dados do país, Willem Debeuckelaere, como cita o The Guardian. "As vidas privadas dos utilizadores do Facebook estão a ser tratadas sem respeito", acrescentou.

De acordo com a Reuters, a entidade belga alega que a rede social rastreia os utilizadores sem o seu consentimento através de plug-ins, como o botão de "like”. Para se protegerem desses sistemas de rastreamento, a comissão pediu que os internautas instalassem softwares de privacidade.

Em resposta às acusações, a empresa fundada por Mark Zuckerberg, explica que "nada é mais importante para nós do que a privacidade dos nossos utilizadores e trabalhamos arduamente para garantir que as pessoas têm controlo sobre o que partilham", como é referido na Bloomberg.
 

O Facebook lembra que "está em conformidade com a legislação europeia de proteção de dados", por isso, as medidas do regulador belga "não são claras". A rede social afirma ainda que apesar disso vai "rever as recomendações quando as receber" com o Comissário de Proteção de Dados da Irlanda, país onde o Facebook tem sede fiscal na Europa.

Esta não é a primeira vez que as regras de utilização do Facebook são debatidas e contestadas na Europa. Em 2011 a empresa foi obrigada a fazer mudanças generalizadas no sistema de controlo de privacidade dos utilizadores. Em 2013, a rede social desativou a sugestão de “tag” em fotografias de grupo e eliminou todos os dados que detinha relativos ao reconhecimento facial.


Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico