O Facebook quer pôr termo ao processo movido pelo norte-americano que reclama ser dono de mais de metade do serviço e apresentou esta semana em tribunal uma proposta para encerrar o caso, que há quase dois anos se arrasta nos tribunais de Nova Iorque.

Paul D. Ceglia é o nome do homem que alega que em 2003 assinou um contrato com Mark Zuckerberg, contratando os serviços do jovem programador para a criação do site "The Face Book", para funcionar como uma espécie de livro de curso interativo, destinado a colocar em contacto os estudantes da universidade de Harvard.

A empresa contraria as alegações de Paul D. Ceglia e classifica como falso o contrato apresentado por este tribunal, invocando as opiniões de peritos que corroboram tratar-se de um documento falso.

De acordo com a "história" contada pela rede social, Mark Zuckerberg e Paul D. Ceglia celebraram, efetivamente, um contrato para que o então estudante de Harvard colaborasse com a empresa de Ceglia, contrato onde não existiria qualquer referência ao Facebook, detalha a ZDNET, citando informação avançada pela empresa ao longo do processo e declarações prestadas por Paul D. Ceglia numa entrevista ao site.

Segundo o representante legal da rede social, a proposta de acordo apresentada hoje "prova aquilo que o Facebook e Mark Zuckerberg têm enfaticamente afirmado durante todo este tempo: este caso é uma fraude".

O pedido enviado ao tribunal pede ao juiz que "considere improcedente este processo fraudulento e prova que Ceglia falsificou documentos, destruiu provas e abusou do sistema judicial em prol do seu esquema, algo pelo qual deve ser responsabilizado".

O advogado de Paul Ceglia afirma que, após uma leitura preliminar do documento, conclui que este se trata de "uma tentativa do Facebook de encerrar o assunto antes de ter de mostrar provas ou apresentar-se perante o júri".

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico

Joana M. Fernandes