O Gabinete do Comissário para a Informação (ICO), o equivalente britânico à Autoridade Nacional da Proteção de Dados, está a investigar o Facebook pela manipulação do feed de notícias de quase 700 mil utilizadores. O regulador do Reino Unido diz que vai enviar questões à rede social para perceber se o estudo violou a lei de proteção de dados.



Um porta-voz da empresa fundada por Mark Zuckerberg já reagiu à investigação que está a ser feita, dizendo que terão todo o prazer em responder às questões feitas pelo ICO e lembrando que foram tomadas precauções para proteger a informação dos utilizadores.



Além do Facebook, o ICO também vai enviar questões à autoridade reguladora da proteção de dados da Irlanda, país onde a rede social tem sede na Europa, escreve o Financial Times.



No estudo que o Facebook realizou em conjunto com duas universidades norte-americanas, tentou-se perceber se os conteúdos publicados nas redes sociais têm capacidade para alterar o estado de espírito dos utilizadores.



Mas como houve manipulação do news feed de um grande número de utilizadores, todos eles de língua inglesa, levantou-se uma onda de indignação relativamente à ética da rede social para com os internautas. A um grupo eram mostradas publicações com palavras positivas, a outro eram mostradas mais publicações com palavras negativas.



No final concluiu-se que de facto há uma correlação entre o que os utilizadores veem nas redes sociais e aquilo que mais tarde publicam, replicando o sentimento generalizado a que foram expostos.



A experiência teve a duração de uma semana e aconteceu em janeiro de 2012, de acordo com várias fontes internacionais.


Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico