A aproximação da entrada em vigor de nova legislação de combate à pirataria na Internet e ao download ilegal de música parece não estar a assustar os franceses.



Entre Setembro e Dezembro do ano passado, período em que ficou definido e aprovada a versão final da nova lei que chega ao terreno na próxima primavera, a utilização de serviços não legais aumentou 3 por cento, passando a ser uma prática de 30,3 por cento dos internautas.



Os números foram apurados pela Universidade de Rennes e também mostram outro dado. A percentagem de utilizadores de serviços de música online que prefere o streaming, em detrimento de outro tipo de soluções, como o peer-to-peer - que será visado na nova legislação - aumentou.



Se em Setembro apenas 12,4 por cento dos ouvintes de música online escolhia sites de streaming, no final do ano 15,8 por cento dos ouvintes online já escolhiam esta opção.



Provavelmente não porque há um esforço deliberado para evitar as plataformas cuja utilização será criminalizada em breve, mas porque os sites de streaming se tornaram mais populares nos últimos tempos e existem em maior quantidade.



Já a representatividade dos utilizadores de redes peer-to-peer passou de 17,1 para 14,6 por cento no mesmo período.



O estudo também mostra que metade dos utilizadores que compram conteúdos legais, também usa serviços ilegais: 27 por cento a partir de redes peer-to-peer.