
A Google mantém serviços em cerca de cem países. Num quarto deles vê censurada a sua presença com o bloqueio de algumas das ofertas, revelou Rachel Whetstone, vice-presidente da companhia para a área da comunicação.
A informação é uma entre várias partilhada pela empresa, a propósito do lançamento de uma iniciativa global pela transparência, que a Google quer afirmar como um contributo para combater a censura na Internet e os esforços de pressão dos governos.
Numa entrada no blog oficial, a responsável admite que a empresa é constantemente abordada por governos para fornecer ou remover informações dos seus serviços online. Uma grande parte dos pedidos para fornecer informação satisfaz requisitos legais. Entre os pedidos para remoção de dados a empresa também admite que muitos se referem a áreas prevista na lei penal, como a pornografia infantil, por exemplo.
Contudo, um número crescente de pedidos é apenas referente a tentativas de censura. O motor de busca, o YouTube, o Blogger ou o Google Docs são exemplos de serviços que a empresa aponta como alvo desses esforços de censura.
Após a decisão de parar de censurar resultados do motor de pesquisa na China, a empresa confessa que começou a repensar todo o seu posicionamento face aos esforços de censura dos governos, porque estes não vêem só da China e estão a aumentar.
A gigante das pesquisas cita dados da Open Net Initiative reveladores da dimensão do problema, na sua opinião. Segundo a organização em 2002 estavam identificados esforços de censura na Internet em quatro países. Hoje essas práticas são identificadas em 40 países.
Rachel Whetstone nota que muitos governos esforçam-se para bloquear o acesso a conteúdos, mesmo antes destes chegarem ao contacto com os seus cidadãos. E nota que o problema é tanto maior quanto mais significativa se torna a adesão dos utilizadores à Internet e maior é o número de criadores de conteúdos online. Dando um exemplo doméstico, sublinha que só no YouTube são carregados a cada minuto mais de 24 horas de vídeos.
Assim, a iniciativa global de transparência da Google passa a mostrar online todos os pedidos recebidos pela empresa dos governos em todo o mundo. O primeiro mapa já está online e apresenta dados referentes ao período de um de Julho a 31 de Dezembro, separando entre pedidos de informação e requisitos para a remoção de conteúdos. A cada seis meses a informação será actualizada.
Portugal só surge no mapa de informação requisitada e soma 45 pedidos.
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