A carta enviada pelas News Corp à Comissão Europeia na qual eram criticadas as políticas de atuação da Google em vários domínios da Internet recebeu uma resposta dedicada por parte da tecnológica de Mountain View. A Google não gostou do discurso direto protagonizado pela empresa liderada por Rupert Murdoch e decidiu dissecar cada um dos argumentos.
A Google foi, entre vários argumentos, acusada de ser uma plataforma de pirataria, de ter trocado a visão brilhante de uma startup por uma gestão cínica e de tornar mais difícil às pessoas acederem a informação independente e com significado.
As críticas não caíram bem junto da Google que diz estar a fazer exatamente o contrário daquilo que é acusada. Numa carta aberta publicada no blogue oficial da empresa para a Europa, a empresa lembra que todos os dias remove vários milhares de links de pirataria da Internet, que “prejudica” sites que violem os direitos de autor frequentemente e até diz que investiu num algorítmo para eliminar a pirataria no YouTube.
A gigante dos motores de busca lembrou ainda que tem cada vez mais concorrentes no universo online das pesquisas – não no campo dos motores de busca generalistas, mas nas pesquisas específicas: Amazon para compra de produtos, TripAdvisor e Yelp para turismo e diversão, Kayak e Expedia para viagens, por exemplo.
A Google também fez questão de dizer que graças ao crescimento dos dispositivos móveis, o consumo de conteúdos está cada vez mais descentralizado. As pessoas já não precisam de passar pelo motor de busca para chegar a conteúdos, podem lançar a aplicação diretamente.
Mas no final tudo se resume a uma batalha que já é antiga: os media são contra ferramentas como o Google News, mas a Google rebate a questão com números: diz que cerca de 60 mil publicações já receberam 10 mil milhões de clicks nos últimos anos graças ao redirecionamento que o motor de busca fez.
Os interessados podem aprofundar a questão lendo as acusações da News Corp e lendo na íntegra todas as respostas da Google.
Certo parece que o debate está longe de ficar terminado. A Comissão Europeia lançou um ultimato à Google para que novas concessões sejam feitas no mercado das pesquisas online na Europa, sendo que a resposta é aguardada com grande expectativa por mais de duas dezenas de empresas contra-interessadas e por milhões de internautas de 28 países Estados-Membro.
Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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