A Internet deve manter a sua neutralidade, contudo será aconselhável criar prioridades de tráfego para a oferta de determinado tipo de serviços. Este é, em resumo, o foco da proposta apresentada esta segunda-feira pela Google e pela Verizon.

Com o conjunto de sugestões, as duas empresas querem influenciar reguladores e legisladores no debate sobre o chamado princípio da "neutralidade de rede", que defende que os utilizadores da Internet devem ter acesso indiferenciado a todo o tipo de conteúdos e informação online.

Embora Google e Verizon façam uma declaração conjunta a favor desta "igualdade" para os conteúdos que circulam na Internet, defendem paralelamente a possibilidade de criar prioridades de tráfego para determinadas ofertas de banda larga. A monitoração de cuidados de saúde, as smart grids ou os futuros serviços na área dos jogos e do entretenimento são apresentados como exemplos que poderão vir a usufruir de tal excepção.

A declaração conjunta chama ainda a atenção para a diferença entre o mercado da banda larga fixa e o da banda larga móvel, este último "muito mais competitivo e a mudar rapidamente", sugerindo que os princípios a aplicar aos dois casos terão de ser diferentes.

A proposta preparada nos últimos meses - e que a gigante das buscas chegou a negar - está a gerar polémica, com Google e Verizon a serem acusadas de serem pouco explícitas, senão contraditórias, nas suas sugestões. Afinal, as excepções para os novos serviços podem ser interpretadas como uma forma de contrariar a neutralidade da rede, indicam alguns.

Há mesmo quem acuse as empresas de quererem criar duas Internets: uma para os que têm dinheiro e outra para os que não tem.

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