O Grupo de Proteção de Dados da União Europeia vai discutir no final do mês de fevereiro a eventual aprovação de um plano de ação contra a política de privacidade unificada da Google. Portugal está representado pela Comissão Nacional de Proteção de Dados que em outubro de 2012 já tinha subscrito um conjunto de recomendações à tecnológica norte-americana.

A informação foi confirmada ao TeK pela consultora coordenadora da CNPD, Clara Guerra. O Grupo de Trabalho do artigo 29º, como também são conhecidas as autoridades de proteção de dados da UE, procura mais compromisso da gigante dos motores de busca nos próximos meses, sob pena de ser processada pela União Europeia.

O regulador francês - Comissão Nacional de Informática e Liberdades (CNIL) - é o organismo europeu que mais tem investigado e criticado a política de privacidade unificada da Google, e o grupo não está satisfeito com as ações da gigante norte-americana na resolução do problema.

Caso a tecnológica norte-americana não mostre um pouco mais de compromisso com a questão, é possível que a União Europeia avance com um processo legal contra a empresa de Mountain View daqui a alguns meses, talvez na altura do verão como notícia a BBC.

A investigação da CNIL já leva nove meses e segundo um responsável do regulador, "a Google ainda não providenciou nenhuma resposta precisa e efetiva". "Neste contexto, as autoridades de proteção de dados da UE estão comprometidas em agir e continuar as investigações".

As mais de 60 políticas de privacidade, referentes a diferentes serviços, que a Google decidiu unir em março de 2012 estão na origem deste caso. A CNIL, que vai continuar a liderar a investigação em nome da União Europeia, considera que o cruzamento de dados entre serviços representa uma violação da privacidade dos utilizadores.

Um porta-voz da Google já reagiu ao afirmar que a empresa tem cooperado com a CNIL ao longo da investigação e que vai continuar a fazê-lo nos próximos meses.


Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico