O gabinete de Yoon detalhou ter sido afetada apenas a conta pessoal de um funcionário, que não foi identificado, que violou protocolos de segurança, ao usar parcialmente um email comercial tarefas oficiais.

As autoridades não especificaram que tipo de informação foi roubado, mas sublinharam que o sistema geral de segurança do gabinete não foi afetado.

"Detetamos o caso antes da visita (de Yoon) e tomamos as medidas necessárias", garantiu a presidência, em comunicado, acrescentando que tem monitorizado e defendido o sistema contra "constantes" tentativas de ataque presumivelmente relacionadas com a Coreia do Norte.

Mas "não foi o sistema de segurança do gabinete presidencial que foi hackeado", sublinhou a mesma fonte.

Em novembro, Yoon realizou uma visita de três dias à Grã-Bretanha, onde conheceu o rei Carlos III e o primeiro-ministro Rishi Sunak, deslocando-se depois a França.

Segundo a AP, a Coreia do Norte gere um grande programa, apoiado pelo governo, de piratas informáticos, no âmbito do qual surgiram acusações de furto de importantes somas de dinheiro, muitas vezes em criptomoedas, para financiar o programa ilícito de armas nucleares e mísseis, desafiando, assim, as sanções internacionais lideradas pelos Estados Unidos.

Hackers apoiados pelos norte-coreanos também foram acusados de roubar informações de governos, empresas e grupos de reflexão externos.

Segundo relatório obtido recentemente pela Associated Press, um painel de especialistas da ONU afirmou estar a investigar 58 supostos ataques cibernéticos norte-coreanos e outras invasões entre 2017 e 2023, avaliados em cerca de três mil milhões de dólares, uma soma que estará a financiar o desenvolvimento de armas de destruição em massa.

Apesar de negar as acusações, a Coreia do Norte tem sido associada a grandes ataques cibernéticos e intrusões nos últimos anos, incluindo a operação de 2013 que paralisou os servidores de instituições financeiras sul-coreanas, um ataque à Sony Pictures em 2014 e o ataque de malware WannaCry em 2017.