Stuart Lynn, presidente da Internet Corporation for Assigned Names and Numbers (ICANN) publicou na semana passada uma recomendação onde, entre outras coisas, propõe a criação de três novos sufixos Internet de topo, isto apesar de a entidade ainda estar a preparar uma análise aos resultados de acção idêntica promovida no ano passado. No relatório não eram especificados os domínios de topo a considerar.



Os domínios Internet de topo são os blocos cimeiros do sistema de endereços Internet, dividindo-se em categorias como o ".com", ".edu" e o ".gov" para a organização de sites. Em Setembro de 2000, o ICANN adicionou novos elementos ao conjunto original de cinco sufixos de topo, como o ".museum", ".coop", ".aero", ".info", ".name" e ".biz". Os endereços podem igualmente ser registados sob outros domínios de topo relativos a países, como é o caso do ".pt", para Portugal.



A recomendação para a criação de novos domínio Internet surge após a recente decisão de reorganização do ICANN, que incluiu as medidas polémica para a retirada dos membros do conselho de direcção eleitos por sufrágio directo. Os novos planos atribuem também um papel mais importante aos governos nacionais, exigindo ao ICANN que procure a opinião governamental em todas as questões que possam afectar as políticas públicas.



Na recomendação da semana passada, Lynn, citado pela Reuters, afirmou que as reformas iriam permitir ao grupo concentrar-se na sua principal missão, a de gerir o espaço de nomes Internet, onde se inclui a aprovação de novos domínios de topo.



Além da adição de três novos domínios Internet, no relatório era ainda proposta a avaliação do alargamento de nomes mais recente, tendo por base um relatório interno datado de Julho de 2002. Por último, Lynn afirmava que o grupo deveria procurar o aconselhamento junto da Domain Name Supporting Organization do ICANN para o desenvolvimento de planos a longo prazo relativos ao sistema de nomes de domínio.



Devido aos prazos alargados para cumprir as últimas duas propostas, o presidente do ICANN aconselhava avançar desde já com as preparações para a aprovação dos novos três domínios de topo.



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