A Comissão Europeia apresentou hoje uma nova iniciativa que tem como objectivo incluir no mundo digital os cidadãos que se têm mantido à margem da Sociedade de Informação, uma campanha que pode "gerar benefícios de 35 a 85 mil milhões dentro de cinco anos" através de "sites mais acessíveis e acessos generalizados de banda larga a todos os cidadãos", diz o executivo comunitário.



Apesar dos avanços tecnológicos, mais de um em cada três cidadãos europeus continuam a fazer parte da classe denominada info-excluídos, uma tendência que a iniciativa para a e-Inclusão pretende alterar.



Para isso, será efectuada uma campanha de inclusão em 2008 que será acompanhada por uma legislação de encorajamento ao acesso digital.



Viviane Reding afirma que "na sociedade actual o acesso à informação é um direito e uma condição para a prosperidade" e salienta que "deixar milhões de pessoas para trás, impossibilitados de utilizar as TIC é inaceitável e economicamente insustentável".



Através desta campanha "a comissão reforça o seu compromisso para ultrapassar a exclusão digital na Europa", numa missão que "lança o alerta a todas as partes intervenientes - indústria, reguladores e governos - para que trabalhem juntos de forma a assegurar uma sociedade de informação sem barreiras para todos".



Em 2006, os ministros europeus comprometeram-se a minimizar as diferenças no acesso à Internet de forma a chegarem ao final da década com 100 por cento de acessibilidade a sites públicos.



O progresso destas metas tem sido fragmentado e lento e a maioria dos casos estipulados em 2006 acabaram por não ser cumpridos atempadamente. Apenas 10 por cento das pessoas com mais de 64 anos na União Europeia são utilizadores de Internet. A média geral de internautas europeus fixa-se actualmente nos 47 por cento. A contar com estes resultados, os objectivos não deverão ser concluídos antes de 2015.



A última avaliação conduzida pela comissão mostrou que a acessibilidade a sites, equipamentos de comunicação, televisões e outras TIC continua crítica. Em causa está a baixa formação dos cidadãos, a falta de iniciativas económicas e exclusão dos cidadãos mais idosos.



A iniciativa apresentada hoje estipula uma nova ordem de trabalhos que visa criar condições de acesso igualitárias, minimizando as diferenças entre cidadãos e acelerando a participação daqueles que estão em risco de exclusão. O objectivo é melhorar a qualidade de vida e de acesso à informação no espaço comunitário.



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