Ainda não existem certezas sobre como será feito o financiamento, o enquadramento legal ou conseguido o apoio das empresas, mas o plano da Federal Communications Commission (FCC) para levar Internet de banda larga a todos os lares americanos é mesmo apresentado hoje. E promete ligações a uma velocidade de pelo menos 100 Mbps todos os americanos, até 2020.

A proposta implica ligar à rede mais de 100 milhões de lares que até à data não dispõem de Internet, e equipá-los com acessos pelo menos 20 vezes mais rápidos que a maioria das ligações à Internet de que dispõem as casas norte-americanas.

Para além de velocidades de download de pelo menos 100 Mbps e upload de pelo menos 50 Mbps, sabe-se que o plano prevê que as cadeias de televisão cedam algumas das frequências de transmissão para alargar o espectro disponível para a Internet sem fios, uma medida que alguns dos envolvidos já se terão mostrado disponíveis para aceitar.

Outra das propostas incluídas no Plano Nacional da Banda Larga passa pela disponibilização em todas as localidades de ligações de pelo menos 1 Gbps para escolas, bibliotecas, hospitais ou edifícios governamentais - que possam servir de ponto de acesso. Além disso, todos os utilizadores deverão ter à sua disposição meios para saber qual o consumo de energia associado ao uso dos serviços de Internet.

Previstas estão também medidas para garantir uma concorrência efectiva entre os vários prestadores de serviços de Internet, aplicações e conteúdos.

Foram também anunciadas medidas destinadas a encorajar os cidadãos a subscrever serviços de banda larga, que um terço das famílias não tem actualmente, por considerarem demasiado dispendiosa ou desnecessária. O objectivo da FCC é que a taxa de utilização doméstica passe para os 90 por cento. Uma das soluções passa pela criação de um fundo (Connect America Fund) de 15,5 mil milhões de dólares (cerca de 11 mil milhões de euros) - com dinheiro do Universal Service Fund - que providencie serviços de Internet (e voz) a velocidades de download de 4Mbps.

Outro dos problemas detectados pela FCC nos estudos que antecederam o projecto foi o desfasamento frequente entre as velocidades contratadas e aquelas de que os consumidores beneficiavam, tendo sido disponibilizado na passada quinta-feira um site e uma aplicação para iPhone e Android que permitem medir a velocidade efectiva da ligação.

Os utilizadores podem depois partilhar a informação juntamente com a sua zona de residência para ajudar a elaborar um mapa de "zonas mortas" de banda larga.

Nota da Redacção: A notícia foi corrigida numa referência onde se tinha trocado a velocidade de download e upload.