Um estudo recente mostra que quatro por cento dos jovens norte-americanos já receberam convites pela Internet para mostrarem fotos suas em actos de sexo explícito.



Esta conclusão resulta de um estudo publicado no Journal of Adolescent Health, no qual foram inquiridos 1,5 mil utilizadores de Internet com idades entre os 10 e os 17 anos. Mesmo assim, e apesar das pequenas dimensões do universo em estudo, cerca de 65 inquiridos assumiram já ter recebido propostas desta natureza online. Desta amostra, apenas um internauta revelou ter denunciado o caso às autoridades competentes.



Uma das conclusões do estudo revela que os casos de assédio ou de pedidos pouco convencionais acontecem muitas vezes quando os jovens utilizam a Internet em grupos, isto porque, "quando estão em grupo os utilizadores têm tendência a assumir comportamentos que não têm quando agem individualmente", diz Kimberly J. Mitchell, da Universidade de New Hampshire.



A professora e investigadora da referida instituição de ensino, citada pela Associated Press, indica que os resultados devem ser encarados de forma ampla dado o elevado número de utilizadores que navegam actualmente na Internet.



A mesma fonte frisa que é necessário alertar os mais jovens para os perigos que este tipo de pedidos online podem representar. Ameaças como a pedofilia e outros crimes contra crianças são uma constante no ciberespaço pelo que os mais novos devem estar atentos denunciando estes casos às autoridades.



O estudo apresenta ainda outras conclusões e recomendações dirigidas a pais e encarregados de educação. A sensibilização para os perigos online deve começar a ser feita a partir de casa, com os pais a mostrarem aos filhos como uma fotografia inocente pode dar origem a problemas de maior dimensão.



Os responsáveis pela pesquisa concluíram ainda que não é por os mais novos publicarem as informações pessoais em canais online que os riscos de serem vítimas de predadores sexuais aumentam ou diminuem.




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