Graças a um largo conjunto de novos utilizadores da Web -
provenientes maioritariamente da região do Pacífico Sul - a percentagem de
"ciberfalantes" da língua inglesa diminuiu para aproximadamente 45 por cento de um
total estimado de 500 milhões de internautas, assinala o terceiro "State of
the Internet Report", realizado conjuntamente entre o U.S. Internet Council e a International Technology & Trade
Associates (ITTA).



No que diz respeito aos Estados Unidos, o estudo menciona, segundo a
NewsBytes, que 59 por
cento dos lares têm acesso à Internet a partir de casa, num aumento de 15
por cento face ao ano passado. É ainda indicado um significativo progresso
nos esforços para erradicar a denominada "divisão digital" na sociedade
norte-americana assinalada em termos de raça, sexo e facilidades económicas.



Nos Estados Unidos, os internautas são agora maioritariamente mulheres (52
por cento), enquanto 51 por cento dos lares afro-americanos estão online,
num crescimento de 35 por cento face a 2000. Fora dos Estados Unidos, a
divisão digital ainda é muito significativa, principalmente entre países do
hemisfério norte e sul, revela o estudo.



Há um desejo crescente entre os países de regularem a Internet a
nível local e regional, assinala o "State of the Internet Report" dando o
exemplo do Afeganistão, que baniu totalmente a utilização da Internet entre
as suas fronteiras, e da China cujas autoridades decidiram encerrar mais de
2.000 cafés Internet e obrigar 6.000 a suspender operações.



Outro aspecto mencionado relativamente à China é o facto do governo
chinês ter vindo a construir a sua própria Internet, desprovida
de conteúdos e opiniões consideradas inapropriadas ou subversivas, criando
efectivamente um "ciber-muro" entre a Web "chinesa" e a Web do resto do mundo,
assinala o estudo.



As preocupações de segurança face ao sucedido no passado dia 11 de
Setembro acabaram por aumentar o envolvimento do governo no quotidiano da
Internet. Ao que o estudo indica, os governos de todo o mundo estão a ter
presenças online positivas, maioritariamente sob a forma de
programas de e-government. Canadá, Singapura, Estados Unidos,
Finlândia e Reino Unido continuam a liderar no fornecimento de serviços
governamentais online.



Por último, o "State of the Internet Report" revela que a Coreia do
Sul e o Canadá têm o maior número de subscritores de serviços de banda larga
per capita, seguidos de muito perto pelos Estados Unidos, Áustria,
Holanda e Bélgica.



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