O início da reunião do G7 teve como tema a ameaça que os 25 a 30 mil combatentes estrangeiros do grupo Estado Islâmico (EI)representam após a queda de Raqa, um contingente treinado capaz de se distribuir por todo o planeta e que poderá tentar reentrar na Europa através da Itália, o principal ponto de entrada de milhares de migrantes oriundos do norte de África e do Médio Oriente, a maioria através de barcos vindos da Líbia.

O ministro italiano explicou que foram abordadas em pormenor as atividades de prevenção e discutidas as formas de lutar “contra o regresso dos combatentes estrangeiros aos seus países de origem”.

"Decidimos recolher juntos as informações e partilhá-las", acrescentou, referindo que a cidade, agora libertada, se deverá tornar "uma mina de informações".

Durante a reunião o ministro italiano da Administração Interna, Marco Minniti, recordou que a Internet é "um importante meio de recrutamento, treino e radicalização de combatentes estrangeiros" e o seu homólogo francês, Gérard Collomb, explicou à Agência France Presse que o acordo pretende que conteúdos que apelem ao terrorismo ou à realização de atos terroristas "sejam suprimidos nas duas horas seguintes após a sua publicação".

Minniti lamentou que a organização terrorista Estado Islâmico (EI) circule na Internet "como um peixe na água" e advertiu que a queda de Raqa, bastião do grupo na Síria, representa um importante desafio porque, apesar da dura derrota militar, “isso não quer dizer que esse grupo tenha deixado de existir”.

Para Collomb “é tarefa dos autores de conteúdos, dos governos e também da sociedade civil fazer com que a Internet seja novamente um vetor de paz" enquanto que Elaine Duke, Secretária de Segurança Interna interina dos Estados Unidos, afirmou ser necessário “fazer mais”.

Um dos acordos estabelecidos entre os Estados Unidos e a Itália levou à assinatura deum acordo para partilhar as suas bases de dados de impressões digitais, para filtrar os extremistas que se fazem passar por requerentes de asilo.

Para Marco Minniti, “com este compromisso comum, queremos enviar uma mensagem forte à opinião pública do mundo: é possível não renunciar à liberdade e, ao mesmo tempo, viver de forma segura”.