Cerca de 80 por cento dos computadores domésticos estão infectados por spyware e outro tipo de software malicioso sem que os seus utilizadores se apercebam, indica um estudo financiado pela America Online e a National Cyber Security Alliance. O relatório, divulgado hoje, foi baseado na análise in loco de 329 computadores domésticos que foram inspeccionados por técnicos de informática.

O desconhecimento dos perigos que ameaçam os seus computadores e de forma indirecta o seu dinheiro e a privacidade são uma das principais preocupações dos financiadores do projecto. “Nenhum consumidor andaria pela rua com uma pilha de dinheiro nem deixaria a sua carteira num local público, mas muitos estão a fazer exactamente a mesma coisa online”, explica Tatiana Gau, chefe da segurança da AOL, num comunicado.

Sem protecções básicas, como antivírus, anti spyware e firewall os consumidores estão a colocar em risco a sua informação pessoal, salienta o relatório.

A NCSA, uma associação privada focada na promoção da cibersegurança, promove este mês uma campanha de informação destinada a alertar os utilizadores pessoais, mas pretendendo também juntar a esta luta a indústria, escolas e universidades e entidades governamentais.

Pelo menos três em cinco utilizadores integrados neste estudo não percebe a diferença entre um firewall e o software antivírus e dois terços não têm um firewall instalado no seu computador e, embora 85 por cento dos utilizadores tenham instalado antivírus, dois terços destes não o actualizavam há mais de uma semana. Ainda segundo os resultados da análise um em cada cinco utilizadores tinha vírus activos na sua máquina.

Para além dos vírus encontrados nos PCs, o estudo indica que 8 em cada dez utilizadores não tinham consciência de que havia spyware instalado nos seus computadores. Nem todas estas aplicações se destinam a fins maliciosos, mas podem fornecer ais intrusos acesso privilegiado aos sistemas e informação dos utilizadores.

O relatório sublinha algumas conclusões de um estudo recente da administração Bush, que a cibersegurança dos Estados Unidos depende da segurança de cada computador da rede e que cada utilizador tem de gerir a segurança do seu próprio sistema.

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