Realizada em outubro de 2016, a mais recente ação de fiscalização promovida por Bruxelas revelou que 235 sites de um total de 352 existentes – ou seja, dois terços – forneciam informação errada aos internautas.

Do total de páginas analisadas, 23,6% comparavam preços de alojamento, 21,3% preços de bilhetes em diferentes meios de transporte e 5,1% preços de aluguer de automóveis. Quase metade (44,6%) apresentava uma comparação combinada de produtos e serviços (bilhetes, alojamento, pacotes de férias, etc).

Os resultados apontam uma série de irregularidades nas ferramentas de comparação, principalmente no que se refere ao preço e sua forma de cálculo e apresentação.

Entre as incorreções estava, nomeadamente, a introdução de valores adicionais “numa fase tardia do processo de reserva sem informar claramente o consumidor” ou preços de promoção que não “correspondiam a nenhum serviço disponível”.

Informa o relatório que em 32,1% dos casos, o preço na página da lista comparativa não era o mesmo depois apresentado na página de reserva e em 30,1% o preço total, incluindo taxas, ou a forma de o calcular não era claro.

A ação de fiscalização promovida pela Comissão Europeia tem sido habitual todos os anos desde que a legislação que regula a compra de viagens turísticas mudou em 2013. A mais recente envolveu as autoridades de defesa do consumidor de 28 países (26 países da União Europeia, Noruega e Islândia).

Tal como tem sido habitual, os 235 sites identificados vão ser contactados para que corrijam as irregularidades encontradas. Em caso de incumprimento, as autoridades nacionais podem iniciar processos administrativos ou judiciais.