Considerando o pouco sucesso do comércio electrónico em Portugal, face à evolução de outros indicadores relacionados com as tecnologias, foi ontem apresentado o Manifesto "Combater os estrangulamentos do Comércio e do Negócio Electrónicos em Portugal", um documento produzido por um grupo de trabalho da APDSI onde se identificam os principais impedimentos e se sugerem algumas medidas que se consideram importantes para incentivar o sector.




A simplificação da navegação, uma melhor adequação dos meios de pagamento, a adaptação dos conteúdos, produtos e serviços aos meios utilizados, a adequação dos produtos comercializados, uma melhor relação custo/benefício, a disponibilização de acessos em lugares públicos e a criação de uma DECO electrónica são algumas das sugestões deixadas no Manifesto no que diz respeito à vertente B2C do comércio electrónico.




Relativamente ao B2B, o grupo de trabalho da APDSI aponta igualmente alguma falta de informação e formação que favoreça a percepção dos benefícios do negócio entre empresas através de meios electrónicos, apontando a importância do papel das associações empresariais, neste contexto, assim como o conceito da "Cooperativa Electrónica" como meio agregador de venda e meio aglomerador de compra.




No que diz respeito ao estabelecimento da atmosfera de confiança no comércio electrónico, o Estado tem, na opinião do grupo de trabalho, um papel de enorme importância, devendo "obrigar-se" por isso a uma maior celeridade na transposição das directivas comunitárias, legislando atempadamente "para evitar erros, precipitações e desadequações do reaproveitamento de leis existentes", pode ler-se no Manifesto.




Deverá também "dar o exemplo", aumentando as iniciativas de eGov e divulgando as vantagens da sua utilização. "A redução dos custos de contexto, a optimização e agilização dos processos a par das poupanças directas e indirectas irão contribuir para uma melhoria do perfil competitivo do país", defendem os responsáveis pelo documento.




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