Enquadrado no Plano Tecnológico Nacional, o Memorando de Entendimento que une a Microsoft e o Governo português viu hoje mais um dos pontos focados ser protocolado. Com o objectivo de modernizar tecnologicamente as forças de segurança nacionais será implementada uma plataforma de aprendizagem, inserida no conceito de e-learning, que terá como missão a formação, inicial e contínua, dos milhares de agentes da Polícia de Segurança Pública e da Guarda Nacional Republicana. Ambas as partes envolvidas comprometeram-se a promover o envolvimento de 20 mil efectivos da GNR e 15 mil agentes da PSP no projecto.



Este protocolo insere-se na Iniciativa Novas Oportunidades e visa a promoção da certificação de competências escolares e profissionais dos efectivos das forças de segurança que não tenham completado o 9º ou o 12º ano de escolaridade.



Outro dos objectivos do projecto é potenciar o acesso e a utilização da rede nacional de Centros de Novas Oportunidades, aos profissionais a que esta medida se destina, de modo a acelerar os processos de reconhecimento e certificação de competências.



A plataforma utilizada, denominada Portal da Formação do Ministério da Administração Interna, é desenvolvida com base nas tecnologias Microsoft, concretamente o Sharepoint Portal Server, e tem como objectivo complementar os métodos comuns de formação presencial através da valorização da carreira curricular e profissional das forças de segurança. O sistema de aprendizagem funciona à distância pelo que os profissionais poderão gerir os seus conhecimentos sem terem de se deslocar a aulas presenciais. A utilização da nova plataforma poderá ainda ser feita a partir de casa, bastando para isso uma simples ligação à Web e o acesso ao portal.



Com esta ferramenta será possível acelerar os processos de formação tornando-os mais económicos dada a redução de custos financeiros e em recursos humanos associados ao método de formação presencial.



Outro dos benefícios associados a esta iniciativa prende-se com o facto dos utilizadores poderem gerir a intensidade da sua formação, tendo em conta a sua disponibilidade e nível escolar uma vez que nem todos os agentes possuem o mesmo nível de ensino ou de conhecimentos.



O protocolo, que contou com a assinatura do Ministro de Estado e da Administração Interna, António Costa, do Ministro do Trabalho e da Solidariedade Social, José António Vieira da Silva e da Ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, entra hoje em vigor e tem um prazo de três anos, podendo ser renovável "por acordo entre as partes, por períodos de um ano", refere o documento protocolar.



Durante a sua intervenção, José António Vieira da Silva, salientou a importância deste projecto, "é um passo de grande relevo e de enorme relevância para o país" que tem como objectivo "integrar as forças de segurança neste plano de integração tecnológica que se dirige a todos os portugueses". O ministro do Trabalho e da Solidariedade Social afirmou que a população da maioria dos países com os quais Portugal mantém contactos próximos tem formação ao nível do 12º ano (três quartos dos habitantes destes países), enquanto no território nacional apenas um quarto dos habitantes atingem a mesma marca, uma tendência que tem de ser alterada.



O ministro António Costa relembrou que o governo assumiu a ambição de qualificar um milhão de portugueses no espaço de quatro anos estando "todas as mulheres e homens que prestam serviços de segurança pública" inseridas no projecto.



A qualificação dos portugueses é uma das metas do Estado português que, através de inúmeras iniciativas, tem vindo a promover o aprofundamento de conhecimentos e competências como factor de coesão social e de plataforma para o desenvolvimento económico do país. Por serem "um espelho da sociedade", como referiu o Ministro de Estado e da Administração Interna, António Costa, a qualificação das forças de segurança é um factor decisivo no que diz respeito à qualidade da sua actuação.





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