O serviço de música online português MyWay, que até à data tem estado disponível apenas em "modo" gratuito - mas também sem pleno uso daquelas que seriam as suas funcionalidades previstas - estreia hoje os seus serviços por subscrição, apresentados em duas modalidades: Premium e Light.

O pacote Premium vai implicar o pagamento de 9,99 euros mensais, com direito a acesso ilimitado ao catálogo de músicas do site e ao download de 2.000 temas por mês. Assegurado fica também o acesso à plataforma na sua versão para telefone (o MyWay Mobile) e a possibilidade de construção de listas de reprodução personalizadas - beneficiando de outras funcionalidades e sem as restrições impostas no serviço gratuito.

A adesão à modalidade Light, que custa 2,99 euros por mês, garante o "acesso às mesmas regalias que o serviço Free, mas sem publicidade", explica em comunicado a Waymedia, empresa responsável pelo MyWay.

Os responsáveis estimam, até ao final deste ano, captar 20 a 30 mil assinantes para as novas modalidades de utilização e atingir a meta do meio milhão de utilizadores globais. Actualmente o serviço conta com cerca de 200 mil utilizadores, disse ao TeK um porta-voz da empresa.

Para atingir os objectivos propostos, os responsáveis pelo projecto anunciaram um investimento total de um milhão de euros até ao final de 2010, aos quais acrescem os 500 mil euros previstos para o próximo ano.

Lançado em Fevereiro, o site tem vindo a alargar o número de parcerias, dispondo agora de um catálogo de 7 milhões de temas, de acordo com os dados colhidos hoje junto da empresa.

A Waymedia espera ainda, com este formato, ajudar a encontrar uma forma de combater a pirataria, afirma na nota à imprensa, alertando para a perda de lucros associada à proliferação da pirataria online.

"A indústria fonográfica tem vindo a perder lucros com o proliferar da pirataria on-line tendo a facturação com a venda de música em suportes físicos descido 66 por cento entre 2000 e 2008. Neste período, a facturação desceu de 106 milhões de euros para 36 milhões, estando longe de ser compensada pelas vendas on-line", defendeu.