O Centro Nacional de Cibersegurança (CNCS) lançou o primeiro boletim do seu observatório. O documento, que será lançado de dois em dois meses sob o formato de Newsletter, tem em vista a divulgação de dados, tendências, eventos e documentos que deem a conhecer o estado da Cibersegurança em Portugal.

Tendo por base o relatório do Security policy: measures, risks and staff awareness do EUROSTAT, o primeiro Boletim do Observatório de Cibersegurança destaca que, em 2019, 45% das empresas portuguesas afirmam não disponibilizar qualquer tipo de formação de segurança informática aos seus colaboradores. A entidade refere que o valor em questão supera a média europeia de 36%. O boletim do CNCS indica ainda que apenas 28% das organizações questionadas afirmam ter documentação com medidas, práticas ou procedimentos de segurança neste âmbito.

O novo documento faz também referência ao relatório Safety copies and back up files do Gabinete de Estatísticas da União Europeia, o qual revela que apenas 39% dos portugueses inquiridos afirmam que fazem cópias de segurança e backups dos seus ficheiros.

Percentagem de pessoas que experienciaram incidentes de cibersegurança (EUROSTAT, 2019)
créditos: EUROSTAT

O CNCS revela que, em 2019, a percentagem de pessoas a experienciarem incidentes de segurança no uso da Internet para fins privados em Portugal ronda os 21%, estando abaixo da média de 32% da União Europeia. O “pódio” de países com mais casos é liderado pela Dinamarca (50%), seguindo-se a França (46%) e a Suécia (45%).

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Os ataques de ransomware a empresas e a entidades públicas ganharam notoriedade mediática ao longo de 2019, sendo que foram notificados ao todo 24 casos ao CNCS. O novo boletim revela que nos dois primeiros meses do ano ocorreram duas notificações. Para prevenir os malefícios deste tipo de ataque, o CNCS recomenda a tomada de medidas de proteção técnica e de ciberhigiene além de um backup desconetado da rede.