A maior operação de sempre lançada em Portugal pela Polícia Judiciária contra a pedofilia resultou ontem na identificação de 80 pessoas e na apreensão de 148 computadores. A Operação Predador, que envolvem 300 operacionais da Polícia Judiciária, contou com 75 buscas, seis das quais a empresas e as restantes a casas particulares.

A operação foi conduzida pela Secção Central de Investigação da Criminalidade de Alta Tecnologia (SCICAT) da Direcção Central de Investigação da Corrupção e da Criminalidade Económica e Financeira (DCICCEF) e segue-se a uma investigação com mais de seis meses, na qual também a Interpol esteve envolvida.

Das 80 pessoas identificadas pela Polícia Judiciária durante a operação que ontem decorreu devem agora surgir os arguidos para o processo judicial, mas primeiro uma equipa de especialistas irá fazer uma perícia aos computadores apreendidos para provar o acesso e distribuição de fotografias e filmes de pornografia infantil e abuso sexual de menores.

Todas as pessoas identificadas continuam em liberdade mesmo que sejam constituídas arguidas, até porque pela alteração do novo Código de Processo Penal o crime de distribuição de conteúdos com pornografia infantil não dá direito a prisão preventiva. Se condenadas podem incorrer numa pena entre 1 e cinco anos de prisão.

A PJ admite ainda que na sequência das perícias a realizar nos computadores apreendidos sejam identificados novos suspeitos deste crime.

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