O Oxe7 era um dos sites visados pela associação que representa a indústria do entretenimento em Portugal nas queixas entregues em novembro do ano passado à Procuradoria Geral da República, mas apesar de ter procedido a uma limpeza dos conteúdos manteve-se operacional.

Mas hoje os administradores do site publicaram um comunicado onde referem que o Oxe7 chega ao fim. "Moveu-nos o espírito de partilhar conhecimento e cultura por isso ficamos muito tristes ao ter de comunicar que o OXE7 acaba por aqui", refere o documento.

Os desenvolvimentos nas últimas 24 horas das queixas da ACAPOR contra os sites de partilha levaram a administração do Oxe7 a comunicar o fim da partilha de links para download ou visionamento online.

"O objectivo do OXE7 sempre foi proporcionar a todos os portugueses o acesso à cultura e dar a conhecer as últimas novidades a nível cinematográfico, músical, etc..", refere-se no comunicado publicado no site, que cita ainda "um estudo, encomendado pela Comissão Europeia, que concluiu que mesmo se as opções de partilha não existissem, não comprariam música nas lojas. Ou seja, as pessoas compravam o que gostam, mas deixavam de conhecer toda a diversidade de música que existe".

Ainda ontem o PDClinks decidiu encerrar o serviço depois de ter recebido uma carta da ACAPOR, a mesma opção que moveu o Movies and Series by Né & Miguelito no dia anterior.

Estes eram classificados pela associação como o quinto e o quarto maiores sites de pirataria em Portugal e a ACAPOR já se congratulou com o encerramento dos serviços.

Nuno Pereira, presidente da associação, tinha explicado ontem ao TeK que a ACAPOR está a optar pela citação direta dos sites sempre que consegue identificar os administradores dos sites. "Quando recolhemos matéria probatória suficiente para identificar sem margens para dúvidas os administradores dos sites estamos em condição de avançar para o Tribunal", justifica.

Na carta enviada aos sites de partilha de ficheiros a ACAPOR avisa que conseguiu recolher as provas suficientes para avançar para o Tribunal da Propriedade Intelectual e que pode exigir uma indeminização até 80 mil euros.


Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico

Fátima Caçador