Em declarações à agência France Press, uma das deputadas do partido admite que neste momento não é possível prever se a tendência vai manter-se, mas garante: “vemos que as pessoas gostam do nosso estilo, da nossa abordagem”.

Num artigo citado pelo Negócios, a agência também falou com militantes, que explicam as diferenças entre um partido tradicional e o partido pirata. O principal destaque vai para a oportunidade de apresentar propostas e contribuir ativamente para as ações do partido, desde que se juntam à estrutura.  

O Partido Pirata da Islândia existe desde 2012. Nas últimas eleições do país conseguiu eleger três deputados, quando garantiu 5,1% dos votos e tem vindo ser a aumentar essa quota. Defende uma revisão da legislação dos direitos de autor e mais liberdade no acesso aos conteúdos digitais. Também se tem batido por uma maior transparência na política.

A Islândia foi o primeiro país a precipitar reações ao chamado caso dos Panama Papers, uma investigação de um consórcio de jornalistas que identificou milhares de sociedades off-shore em paraísos fiscais. Das listas constam os nomes de vários políticos islandeses e do próprio primeiro-ministro Sigmundur David Gunnlaugsson, que acabou por se demitir.